Uma batalha defensiva e muita emoção: há 16 anos, o Steelers vencia o Dallas Cowboys e ficava mais perto do hexacampeonato.

Sejam bem-vindos a mais um TBT! Na edição de hoje, falaremos sobre um jogo memorável que faz parte da maior rivalidade entre times de conferências diferentes, Pittsburgh Steelers e Dallas Cowboys. Diante de tantas histórias memoráveis — algumas felizes, como os Super Bowls X e XII na era Chuck Noll, e outras nem tanto, como na temporada de 1995 — essas duas franquias proporcionaram momentos inesquecíveis para todos os fãs do esporte. Ambas têm o recorde de Super Bowls de suas conferências (6 e 5, respectivamente) e já se enfrentaram no maior jogo do futebol americano três vezes, com vantagem de 2-1 para o gigante de Pittsburgh. Hoje, iremos falar de um dos jogos mais marcantes deste século entre os dois times: Steelers x Cowboys de 2008.

As duas equipes chegaram ao Heinz Field para o jogo da semana 14 de olho em uma vaga na pós-temporada. O Steelers queria se aproximar do título da divisão e garantir a folga durante a primeira rodada dos playoffs, enquanto o Cowboys buscava uma vaga de wild card.

O jogo, que prometia muito, entregou tudo que se esperava de um duelo histórico e tão importante para as duas equipes. No primeiro tempo, houve uma chuva de turnovers e jogadas defensivas dos dois lados. Logo na primeira campanha, o SS e hoje membro do Hall da Fama Troy Polamalu interceptou o QB Tony Romo, criando uma boa chance de ataque para Pittsburgh. Porém, em um fumble do TE Heath Miller, a bola voltou para a equipe visitante, que não conseguiu avançar contra a forte defesa treinada por Dick LeBeau. O que se viu no decorrer dos dois primeiros quartos foram jogadas defensivas de impacto, incluindo a interceptação do CB Ike Taylor, que colocou o Steelers em posição de field goal. O jogo foi para o intervalo com o placar de 3×3, e a decisão ficaria para o segundo tempo.

Na volta do vestiário, a franquia liderada por Romo teve seu melhor momento no jogo, anotando 10 pontos nas duas primeiras campanhas e deixando o jogo com uma diferença considerável para o último quarto. A situação piorou quando Pittsburgh não converteu uma 4ª para goal. Naquele momento, algo que jamais faltou para aquele time apareceu: resiliência. A defesa conseguiu conter danos maiores e parou o ataque adversário, forçando um punt. No retorno, Santonio Holmes, que viria a ser o MVP do Super Bowl meses depois, conquistou um grande ganho de jardas em uma jogada de talento e ousadia, deixando o Steelers próximo à área de field goal, que se concretizou nas jogadas seguintes. Com 7 minutos para o fim, a diferença voltou a ser de apenas uma posse. A defesa novamente se mostrou implacável, forçando mais um punt rápido. Após isso, com a calma e a precisão de um verdadeiro maestro, Big Ben liderou uma campanha de 67 jardas, finalizada em um passe curto para o mesmo TE que havia sofrido um fumble na etapa inicial, Heath Miller, que teve sua redenção e fez o estádio vir abaixo com gritos de “HEAAAAAAATHHHHH”. E sim, qualquer semelhança com os gritos para o Freiermuth atualmente não é mera coincidência.

Com o jogo a 2 minutos do fim e a torcida fervorosa pelo empate, tudo caminhava para uma eventual prorrogação. Porém, aquela defesa não se contentava apenas em parar os ataques adversários. Com uma mentalidade agressiva e avassaladora, a unidade conseguiu forçar mais um turnover com Deshea Townsend, que retornou para touchdown, decretando uma vitória de virada inesquecível para os torcedores do Pittsburgh Steelers. Essa vitória foi fundamental para assegurar a vaga nos playoffs e garantir a seed 2 da AFC, ajudando a equipe a terminar a temporada no lugar mais alto da liga, conquistando o sexto anel do Super Bowl, pela primeira vez na história da NFL.

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Autor: Guilherme Baiffus / @GuiemeBaiffus

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